ALCOA| Em Juruti, projeto automatiza sistema de gestão de dados e aumenta qualidade da bauxita.

A Alcoa foi destaque nacional no 23º Prêmio de Excelência da Indústria Minero-Metalúrgica 2021, da Revista Minérios & Minerales, por meio do projeto de Melhoria de Processos de Gestão de Dados na planta de Juruti. Apresentado pela engenheira de Processos, Rafaela de Oliveira, o projeto baseou-se na automatização de relatórios de produção e processo, com informações em tempo real aos operadores dos instrumentos de campo, possibilitando maior controle e consequentemente a redução de contaminantes e aumento no índice da qualidade do produto.
 
De acordo com a engenheira, o grande desafio para a unidade era promover uma conexão, fazendo com que grupos de colaboradores pudessem ter acesso à informação sobre os dados.
 
“A informação ficava concentrada num grupo pequeno de pessoas. Os operadores que trabalhavam em campo, praticamente, não tinham acesso a essa informação. Através de um sistema – o OSIsoft- conseguimos maior conexão dos dados e a disponibilização para mais pessoas, de forma que pudessem usá-los para ajudar na tomada de decisões em campo de forma rápida e assertiva”, explica.
 
O projeto foi desenvolvido em três etapas: implantação, do historiador de dados e criação de telas interativas, treinamento da equipe operacional, que envolveu mudança de cultura e na rotina dos colaboradores e por último a otimização da instrumentação.
 

Processo na prática
 
Através de telas interativas, o operador tem acesso às cartas de controle das variáveis controladas e de saída. Além disso, eles têm câmeras instaladas no circuito de alimentação, onde conseguem perceber a variabilidade da característica física do minério.
 
“Eles conseguem perceber se o minério está mais argiloso, se está mais granulado ou se é mais friável. A partir da característica física, com a informação do plano de lavra e da geologia, conseguimos definir a estratégia: se podemos recuperar mais material ou se devemos recuperar menos e focar no teor”, informa Rafaela de Oliveira.
 
O projeto reduziu os INPUTS manuais. Anteriormente, as informações eram repassadas, via rádio, e dependia muito da comunicação de um operador com outro. “Hoje um operador consegue associar um distúrbio que ele possui no processo, com o resultado de qualidade que ele teve naquele horário. Além disso, 90% dos relatórios manuais foram automatizados, o que representava seis horas diárias do operador na sala. Hoje, gastamos em torno de uma hora”, ressalta a engenheira.
 
Com a implantação da melhoria do sistema de gestão de dados, verificou-se, entre os principais resultados, a redução de contaminantes. A planta de Juruti conseguiu aumentar em 0,22% o teor da alumina e reduzir em 0,17% o teor de sílica, o que representou retorno financeiro de US$ 408 mil (cerca de R$ 2,2 milhões) em 1 ano de acompanhamento do projeto.
 

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