Parceria entre Alcoa e Prefeitura viabiliza atendimentos para animais
encontrados na área urbana do município e na Área de Proteção do Lago Jará.
Uma moderna unidade especializada para o atendimento e
recuperação de animais de pequeno, médio e grande portes. Assim é o Centro
de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) sediado em Juruti, município do
oeste do Pará. Em funcionamento há 2 anos, o CRAS faz parte de um sistema de
gestão e conservação da flora e fauna na área da mineração da Alcoa, empresa
que atua na exploração de bauxita e que atendeu 1.173 animais.
Em maio de 2022, a mineradora e a Prefeitura de Juruti, por meio
da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), assinaram Termo de Parceria
expandindo os atendimentos do Centro. A Secretaria passou a ser responsável
pelo processo de triagem e posterior encaminhamento à unidade especializada da
Alcoa para atender também os animais silvestres encontrados na área urbana do
município e na Área de Proteção do Lago Jará.
Animais vítimas de maus tratos ou debilitados, possuem
prioridade nos atendimentos. “Ao identificar um animal silvestre nessas
condições, a população entra em contato diretamente com a Semma. Após
acionada, a Secretaria fará todo o processo de triagem e o encaminhará ao
CRAS”, explica a supervisora de Biodiversidade da Alcoa Juruti, Susiele Tavares.
O CRAS conta com uma equipe de oito colaboradores em regime de
plantão, com duas pessoas em cada turno: uma médica veterinária e um auxiliar,
o que assegura o funcionamento 24 horas. Sua estrutura é composta por sala de
registro e controle; sala de higienização geral; ambulatório para triagem;
centro cirúrgico, para realização de procedimentos de baixa e média
complexidade; farmácia; sala de nutrição; sala de necropsia; sala de
esterilização e outros 12 recintos.
O centro também realiza parceria com
universidades, para o aproveitamento científico de animais que vem a óbito,
dentre elas a Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Campus de Belém, e
a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), em Santarém. Essas universidades
recebem esse material para incorporá-los aos acervos dos seus museus de
zoologia para estudos científicos, como: estudos anatômicos, estudos
necroscópicos, taxidermias e descrição de espécies.
“Atendemos animais que são vítimas de atropelamento tanto na
rodovia, quanto na ferrovia e na área urbana. Os répteis sempre estão à frente
devido ao hábito em se aquecer em locais onde há grande movimentação de
veículos. Alguns, infelizmente, são recebidos sem vida, porém, quando
apresentam boas condições de conservação, eles são triados para o envio às
universidades para incorporá-los aos acervos dos seus museus de zoologia para
estudos científicos desenvolvidos, tais como estudos anatômicos, necroscópicos,
taxidermias e descrição de espécies”, explica a médica veterinária Rafaelle
Santos.
A tecnologia avançada dos equipamentos aliado ao empenho de uma
equipe de profissionais qualificados resulta em maior taxa possível de
sobrevivência dos animais atendidos. Através da aquisição de um aparelho de
ultrassonografia veterinário e um aparelho de radiografia digital portáteis,
houve aumento no percentual de sobrevivência de 63% para 68%.
Campanha
“Animais Eu Protejo”
O funcionário da Alcoa que auxilia no resgate de animais
silvestres é reconhecido pela empresa. Esta é a dinâmica da Campanha “Animal,
Eu Protejo”, provida pela Alcoa, com a finalidade de prevenir incidentes com
animais nas áreas onde a empresa atua em Juruti.
O
colaborador que identificar um animal nessas condições deve avisar a Central de
Comunicação de Emergências (CCE) para que ele seja resgatado e receba o
tratamento adequado. Pode ser pelo ramal 9193, pelo celular (93) 98115-1738 ou
pela faixa 1 do rádio.
Com a
ação, o funcionário ajuda a preservar o meio ambiente e recebe um brinde como
forma de reconhecimento.
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